Sangue no olho do poeta
A poesia agoniza na praça
Sangue na folha em branco
Amar perdeu a graça
Raiva no olho do poeta
A poesia jaz na praça
Raiva largada no chão
Ignora só de pirraça
E o venta espalha no ar
Palavras vãs
Restos do que não há
Nas manhãs
Tristeza no olho do poeta
E desesperança
A dor adormece a mingua
Na fome da criança
E o tempo passa batido
Sem deixar rastros
As linhas em branco atestam
O sentido exato.
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