segunda-feira, 14 de setembro de 2015

De mãos dadas (Tony Lopes)


 

De mãos dadas com o inevitável

Sigo o meu caminho

Sem me importar com risos cínicos

E comentários maldosos

 

Tenho alguns temores, é certo,

De que alguém não compreenda

Os meus atos tão hostis 

E de ter tamanha coragem em seguir

 

Sei que posso numa noite qualquer

Em alguma rua mal iluminada

Ser covardemente espancado ou assassinado

Abandonado a minha própria sorte

 

Mas não abrirei mão do meu direito

De ser e fazer o que quero

E continuar tropeçando nas certezas

E nos mesmos equívocos de sempre

 

De mãos dadas com o inevitável

Sigo enfrentando os que me olham atravessado

Com seus preconceitos e fobias

Porque eu sei que são eles os errados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário