Metade das sobras da minha dor
Metade das sombras de um amor
Metade das dobras do meu suor
Metade das datas que não tem sol
Eu duplico as contas e acho que já perdi bastante
Eu multiplico as contas e sigo mais adiante
E nada que tenho ou que ainda vou ter
Traduz em quantidade o que eu nunca vou poder ver
Metade de tudo que me faz sofrer
Metade de tudo que faz doer
Metade das cores que cegam a visão
Metade das flores com espinhos ou não
Eu triplico a fatura e o saldo é negativo
Eu insisto nos cálculos e o resultado é infinito
E nada que quero ou que eu possa querer
Reduz a vontade de ter tudo que não posso ter.
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