Não quero restos nem farelos nem esmolas
Dos estabelecidos
Prefiro deitar com os porcos no chiqueiro
Dos esquecidos
E olhar pelas telhas quebradas
Um céu que ainda guarda muitos mistérios
Não quero patrocínio ou apoio de qualquer natureza
Dos poderosos
Optei por me esconder nas sombras da nobreza
Dos orgulhosos
E poder encarar os olhos dos meus filhos
Antes de me esquecerem em algum cemitério
Tenho preço e sei que muitos podem pagar
Mas prefiro ficar mudo
Tenho medo de um dia não poder recusar
Por isso ergo o meu escudo
E sigo lutando contra os moinhos de vento
Com a certeza que é isso que eu quero.
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