A boca aberta engole o lodo
Ejaculado
Abrupta a sede estanca o nojo
Camuflado
E quieta aceita a regra imposta
Sem reagir
Pois não vale nem a própria bosta
Que irá expelir
Amedrontada e em vigília
Vela a si mesma envergonhada
Fruto do seu próprio receio
Agora não pode mais dizer nada
E cheia de excrementos e injurias
Espera pelo fim calada
Para quem sempre se omitiu
Nem mesmo a ultima risada
No
abandono (Heitor Dantas/Tony Lopes)
A beleza se esconde no abandono
Do jardim das flores mortas
Entre as duvidas e certezas
Nas frestas de algumas portas
A beleza sempre perde sua rota
Nos espelhos que se quebram
Na poeira dessas estradas tortas
Que aos poucos se revelam
A beleza se sepulta nas sombras
Dentro de alguma cova rasa
Onde o tempo lhe assombra
Por nunca retornar a mesma casa.
Não sei quem ejaculou
Na boca do esgoto
Nem de quem é o ventre
Que abrigou esse escroto
Não sei quem cuspiu
E arrotou tanta arrogância
Nem sei quem pariu
O fruto da ignorância
Quem é o pai desse inseto?
Desse verme rastejante
Quem é a mãe do infecto?
Desce pústula ignorante
Não sei quem errou
Ao criar esse crápula
Nem quem vai juntar
Essa merda com espátula
Não sei quem fugiu
Ou que fingiu não ver o estrago
Nem quem escapuliu
Antes do último trago
Na boca do esgoto
Nem de quem é o ventre
Que abrigou esse escroto
Não sei quem cuspiu
E arrotou tanta arrogância
Nem sei quem pariu
O fruto da ignorância
Quem é o pai desse inseto?
Desse verme rastejante
Quem é a mãe do infecto?
Desce pústula ignorante
Não sei quem errou
Ao criar esse crápula
Nem quem vai juntar
Essa merda com espátula
Não sei quem fugiu
Ou que fingiu não ver o estrago
Nem quem escapuliu
Antes do último trago
Pirulitos lisérgicos (Heitor
Dantas/Tony Lopes)
No céu
Da sua santa
Boca
Pirulitos de aço Cirúrgico
Penetrando No anel
Da sua puta
Boca
Doce Levemente doce
Adoravelmente doce
Adoravelmente doce
Amém (Tony Lopes)
Eu sou a fé
Injetada
Na sua veia
Sou a doutrina
E a disciplina
Que lhe impõe
Eu sou sua esperança
E o dízimo
É o meu preço
Eu sou a fé
Corrompida
E Prostituída
Sou a indecência
Exposta
No altar
Um pseudo santo
Prometendo
O que não tem
Eu sou a fé
Injetada
Na sua veia
Sou a doutrina
E a disciplina
Que lhe impõe
Eu sou sua esperança
E o dízimo
É o meu preço
Eu sou a fé
Corrompida
E Prostituída
Sou a indecência
Exposta
No altar
Um pseudo santo
Prometendo
O que não tem
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