Não consegui evitar o poste
Cai na armadilha do destino
Fui ignorado pelos aliados
E maltratado pelos cretinos
Sempre estive no lado errado
Regando flores e colhendo espinhos
Pagando caro por minha timidez
Sem reagir aos hipócritas no caminho
Aquela luz que vi no fim do túnel
Era a dor de um forte impacto
Mas os estilhaços que eu retirei
Devolveram-me ao lugar exato
Algumas traições e os meus tropeços
Fizeram-me ser bem mais persistente
E no final sempre me reergui
Das armadilhas dos escrotos e descrentes
Arranquei meu olho a fórceps
Pelo prazer do perigo que tanto atrai
Driblei doenças e atrasei a minha ida
Para onde todo mundo um dia vai
Tive de fingir ser crente e crédulo
Caindo até em conto do vigário
Por todo o mal que eu nunca fiz
Recebi de volta tudo ao contrario
Mas apesar de tantos equívocos
No fim achei a esperada resposta
Agora é só ter um pouco de coragem
E atravessar de vez aquela velha porta...
Nenhum comentário:
Postar um comentário