Sou um escroto
Não creia no que sai da minha boca
Um porco
Nunca reparto os restos da minha ração
Um torto
Que vaga perdido por vielas e esgotos
Um louco
Que se diz poeta, mas sem ter convicção.
Sou um perverso
Não leia nunca meus infelizes versos
Um covarde
Sempre disposto a fazer alarde
Um canalha
Mais afiado que a lâmina de uma navalha
Um biltre
Que jura ser poeta apenas para parecer triste.
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