Morrendo aos poucos e vendo os papeis em branco serem preenchidos com números e nomes que não me dizem nada que não me representam que não me consolam nem me compreendem. Morrendo aos poucos e cumprindo ordens sem nexo sem logica sem ritmo e sem poesia. Ordens medonhas bizarras que se multiplicam em funções burocráticas e inúteis.
Morrendo aos
poucos e tendo de sorrir para os imbecis para os idiotas para os companheiros
dessa viagem sem volta rumo ao abismo dos papeis timbrados. Morrendo aos poucos
enquanto os inimigos ocultos fingem entender o que se passa aqui nesta jaula
sem grades que me mantem refém desta maquina insana que move e tritura todos
que ousam usa-la.
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