A velocidade
do beijo corta a noite em pedaços desiguais
Feito carne
de segunda em plena terça-feira pela manhã
E o sorriso
da menina já não mais tão doce como uma maçã
Invade a
calma da alucinação em raios flamejantes e azuis.
A paixão se
insinua algumas vezes vestida de cinza
E em outras
vezes totalmente nua e cintilante
E os versos
controversos do poeta solitário ecoa
Em uma
pagina em branco da sua mais tola sensação
Pássaros
gigantes riscam a paisagem escurecida daquela madrugada fria
E eles, os
dois perdidos numa noite imunda riem de quase tudo
Sem saber de
nada sobre o amanhã que virá como uma tempestade
Cheia de
raios com cores e odores que farão lembrar o passado
E no fim das
chuvas e trovões só restara à certeza e nada além
Como
retratos amarelados de um tempo que se foi
Sem deixar
pistas om indícios de que realmente aconteceu
Naquela e em
outras noites totalmente cinza.
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