quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Cinza (Tony Lopes)


A velocidade do beijo corta a noite em pedaços desiguais

Feito carne de segunda em plena terça-feira pela manhã

E o sorriso da menina já não mais tão doce como uma maçã

Invade a calma da alucinação em raios flamejantes e azuis.

 

A paixão se insinua algumas vezes vestida de cinza

E em outras vezes totalmente nua e cintilante

E os versos controversos do poeta solitário ecoa

Em uma pagina em branco da sua mais tola sensação

 

Pássaros gigantes riscam a paisagem escurecida daquela madrugada fria

E eles, os dois perdidos numa noite imunda riem de quase tudo

Sem saber de nada sobre o amanhã que virá como uma tempestade

Cheia de raios com cores e odores que farão lembrar o passado

 

E no fim das chuvas e trovões só restara à certeza e nada além

Como retratos amarelados de um tempo que se foi

Sem deixar pistas om indícios de que realmente aconteceu

Naquela e em outras noites totalmente cinza.

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