Você finge que eu não existo
E insiste em me ignorar
Mas eu posso seguir sozinho
Sem ao menos te enxergar
Indiferentes e de lados opostos
Somos o antídoto um do outro
Desprezando o que parece obvio
Nos igualamos no mesmo desgosto
E amanhã seremos apenas restos
Ignorados pelos que ignoramos
Apenas um retrato opaco
Na manchete dos nossos desenganos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário